PREVALÊNCIA E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO URINÁRIA NA GESTAÇÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO OESTE DO PARANÁ
Palavras-chave:
Gravidez, Infecções urinárias, Complicações infecciosas na gravidezResumo
Introdução: a infecção urinária acomete 5 a 10% das gestantes e pode predispor, dentre outras complicações, prematuridade, pré-eclâmpsia e sepse. Objetivo: Identificar a prevalência de infecção do trato urinário (ITU) em gestantes atendidas na Unidade Básica de Saúde Vila Tolentino de Cascavel-PR, estabelecendo suas características clínicas e o perfil epidemiológico. Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo, desenvolvido mediante avaliação de prontuários de 366 gestantes que realizaram acompanhamento pré-natal entre Janeiro/2018 e Dezembro/2020 na Unidade Básica de Saúde Vila Tolentino. Resultados: Foram analisadas 366 gestantes sendo que a idade média calculada foi de 33,3 anos, tendo 18 a mais jovem e 47 anos a mais velha. Quanto às manifestações clínicas, 107 (29,33%) apresentaram sintomas urinários, sendo dor em hipogástrio a mais frequente (25,8%), seguida de prurido vulvar (16,1%) e xantorreia (14,5%). Com relação aos antibióticos mais empregados para o tratamento de ITU, a Cefalexina correspondeu a 65 prescrições (35,32%), seguida pela Nitrofurantoína (23,36%) e Ceftriaxona (14,67%). Dos agentes bacterianos isolados em uroculturas, a E. coli (29,72%) foi a principal bactéria, além de S. agalactiae (25,67%) e P. mirabilis (10,81%). Observou-se, ainda, que cinco gestantes com ITU evoluíram com aborto espontâneo e quatro apresentaram parto prematuro. Conclusão: a infecção urinária é maior na gestação quando comparado ao período não gestacional, uma vez que alterações fisiológicas predispõem a colonização do trato urinário. Logo, esse quadro deve ser brevemente identificado e tratado de modo a evitar complicações gestacionais.