CARACTERIZAÇÃO DE RESISTÊNCIA E SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM OTITE EXTERNA DE CÃES NA CIDADE DE CASCAVEL-PARANÁ
Resumo
A otite canina pode ser definida como um processo inflamatório dos condutos auditivos dos cães, é causada por agentes infecciosos, dentre eles, fungos e bactérias. A infecção otológica resulta em desconforto e dor intensa ao animal acometido, pode gerar secreção purulenta, mau cheiro, hiperemia, edema e até mesmo, acarretar em perda da função do órgão. A pesquisa foi realizada com base em dados fornecidos por um laboratório veterinário particular da cidade de Cascavel-PR. Foram selecionadas 66 amostras, as quais foram recebidas entre janeiro de 2017 a agosto de 2018, sendo elas, exsudatos óticos coletados em clínicas conveniadas, de animais que apresentaram sintomatologia de pacientes otopatas. Teve por objetivo investigar a etiologia de bactérias e sensibilidade “in vitro” a antimicrobianos. O antibiograma é uma forma de identificar qual antibiótico é o mais adequado para o microrganismo isolado. A metodologia do processo consiste em distribuir diversos tipos de antibióticos em pequenos sítios em um papel feltro, com diferentes tipos de antibióticos. A bactéria irá formar um diâmetro feito pela inibição de crescimento, e por esta medida é classificada em intermediária, sensível e resistente. 43 amostras foram positivas, sendo que Staphylococcus aureus foi o agente mais isolado (58,14%). Os patógenos mostraram sensibilidade em maior quantidade para Imipeném (80,00%), Norfloxacina (71,43%) e Amoxicilina com Ácido Clavulânico (59,46%). Ocorrência de resistência foi observada em Eritromicina (69,23%), Estreptomicina (65,38%) e Penicilina (64,29%). Os casos ocorreram principalmente nos primeiros anos de idade, em animais sem raça definida, no período do primavera e verão.